sexta-feira, 20 de julho de 2007

Acidente da TAM ofuscou Renan, que ofuscou Roriz , que ofuscou Argello, que ofuscou CPIs, que ofusca o dever dos Parlamentares.



E assim vamos vivendo. “Mas tudo passa, tudo páaaaaaaarssará, e nada fica, nada fiiiiiiiicará!”
Gim Argello, Presidente do PTB do Distrito Federal e suplente do ex-senador Roriz, responde a processos ou inquéritos civis e criminais, foi citado em 2002 como beneficiário de propina, foi investigado por grilagem de terra, é acusado de causar prejuízo milionário à Câmara Distrital e de ter participado de fraude na aprovação de leis de regularização fundiária enquanto presidia a Casa -emendas e leis teriam sido enviadas à sanção do Executivo mesmo não tendo sido votadas em plenário.
O corregedor da Casa, Romeu Tuma disse que tem como conseguir documentos para comprovar todas essas falcatruas.
E o Joaquim?
Joaquim Roriz que foi governador do Distrito Federal, eleito para senador em outubro de 2006.
Renunciou o mandato parlamentar para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado. Tentou evitar o processo que poderia cassar seu mandato e torna-lo inelegível até 2022.
Suas palavras:
"Às vezes, da renúncia depende a honra do cidadão. Nessas denúncias todas, pesaram apenas o propósito de destruir uma vida pública",
"São por essas razões que sou obrigado a tomar (essa decisão), por respeito ao povo do Distrito Federal. Não temo que meu gesto seja interpretado como demonstração de fraqueza. Prefiro acreditar na grandeza que se pode colher quem vive os fatos da história."
Ele foi acusado de quebra de decoro após a divulgação de conversas telefônicas negociando a partilha de R$2.200.000,00 com o ex-presidente do banco de Brasília, Tarcísio Frankin de Moura.
Esse valor correspondia ao pagamento dos tramites feitos para a alteração da lei que aumenta o limite da área de construção de um terreno adquirido pelo dono da cia aérea GOL.
Parte do dinheiro seria entregue a juizes do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal em processo contra Roriz nas eleições do ano passado, segundo a revista Veja.
Roriz também tentou de todas as formas articular uma renúncia em bloco, ou seja, renunciar ele, o suplente Gim Argello e Marco de Almeida Castro (segundo suplente).
A renúncia em Bloco abriria uma vaga de senador pelo Distrito Federal, já que não haveria substitutos para Roriz. Com isso, a Justiça Eleitoral teria que convocar nova eleição no prazo de 90 dias.
A expectativa de Roriz era conseguir ser eleito novamente para o Senado.

A novela continua, mas não está tendo ipobe merecido do povo. Enquanto isso no Congresso, os parlamentares comentam sobre um assunto e outro, sobre os companheiros envolvidos em corrupção e pensam na maneira mais apropriada de agir para não ser pego também. Os parlamentares com o “rabo preso” podem ser entregues a qualquer momento.
Vários partidos dentro do congresso lutam para colocar a Casa em ordem. “PSOL? Cuidado, o PSOL vem aí! Se escondam!”

E os trabalhos a serem desenvolvidos no Legislativo? Projetos parados e morosidade nas Reformas.
O que se percebe é que os escândalos tomam muito tempo dos parlamentares e por conseqüência disso não se tem tempo para concluir trabalhos e trabalhos abarrotados no congresso.
Enquanto isso pessoas morrem voando, a biodiversidade está sendo prejudicada pela poluição, pessoas que não querem morrer de fome, roubam, violam e se matam.


Salários pagos a parlamentares deveriam ser liberados de acordo com o desempenho e os resultados dos trabalhos. Se não tem produtividade, não recebe.
Parlamentares são protegidos por lei contra crimes cometidos.
Isso tudo, definitivamente, já está virando novela!
Para não dizer que todos nós, o Povo, os Parlamentares e os políticos estamos fazendo parte de um circo.
Só não sabemos se estamos no picadeiro ou da arquibancada.